terça-feira, 25 de setembro de 2018

“Mestre Chang: Aqui Coitado, Só Matusalém” – Líbano Calil


Olha aí pessoal! Finalmente vamos falar de valores ignorados pelos brazucas. Não pela absoluta minoria que conheceu e admirou Zhang Daqian, que ficou conhecido no Brasil como Mestre Chang. Aqui em Mogi das Cruzes, este mestre viveu e produziu, mas eu vi recentemente, dezenas de trabalhos seus irem para o lixo depois de queimados cruelmente. Eu fui atrás da pessoa que os detinha, muito pobre e ignorante, coitado. Eu não o encontrei e meu dinheirinho gasto nas buscas, infelizmente, não rendeu o fruto desejado. As obras já eram e foram também junto as fotos de uma apadrinhada noiva de Mestre Chang, que se deixou fotografar com ela. Então me restou a experiência de comprovar que temos a dádiva de fazer com que Bens Culturais incomensuráveis acabem no desmanche todos os dias.

Eu canso de expor este lamentável episódio aos meus alunos. Enalteço o Mestre Chang, e ridicularizo a nossa capacidade de ignorar que o que não é para se levar ao estômago, não tem valor. Fome é uma coisa, mas comer os ovos de ouro da galinha que já morreu, é sabido, segundo Grumpolis Miniaticun, que não dá. Choque-os, pô!

Nem adianta argumentar que somos paupérrimos, precisamos de comida e tá dito! Vejo pessoas formadas, aposentadas, dizendo que arte é pura enganação e que nada temos a fazer com essa “porcariada”. Bom, especifiquemos, era um dentista. Então eu retruquei: “Não precisamos de dentista também? Mas as paredes de sua residência são tomadas por obras de arte”.

Outro caso: estive em uma reunião com representantes do Ministério da Cultura. Na minha fala eu indaguei se para comporem o Plano Nacional da Cultura do PT eles ouviram os artistas. A resposta foi imediata e fatídica: “Não! Não vamos pajear nenhum artista”. Tai! Viu? Perguntei, ainda se eles conheciam o Maurício de Souza. Se eles ouviram Brecheret. Se eles sabiam quem era Thomaz Ender. O “Volpi” aqui também não foi ouvido. Perguntei se conheciam um dos maiores pintores que o Brasil já teve, o paulista Gilberto Geraldo, que trabalha e vive em São Petersburgo, Rússia. Esse cara, premiado, é muito importante, é novo e está produzindo para expor no Museu daquela cidade. Como ele não precisa ser ouvido? Ora! Lá ele foi.

Agora vejamos o Mestre Chang: não foi ouvido, foi ignorado, não foi preservado e acabou indo embora para onde se tornou um mito das artes plásticas mundial. É pouco? Só que ainda temos valores incríveis nesta nossa bendita região, a do Alto Tietê que são ignorados. Vemos de tudo menos um Museu para instalá-los e divulgá-los.

Pobre é o mundo em nossas mãos! Dêem para os outros e não lamentem nunca!

Zhang Daqian foi um dos mais representativos pintores chineses do século XX. Na primeira metade da sua vida, percorreu a maior parte do território chinês, tendo, mais tarde, residido noutros países no intuito de estudar as técnicas ocidentais de belas-artes o que, no entanto, não afectou o seu estilo. Nos últimos anos de vida fixou-se em Taiwan, onde morreu em 1983. Usava com mestria as tradicionais técnicas gongbi e xieyi para desenhar paisagens, flores e plantas, figuras humanas e animais, e era perito como calígrafo e escultor de sinetes. Outro célebre pintor chinês, Xu Beihong, considerou-o como “o maior pintor nos últimos quinhentos anos”. Ele viveu no Brasil, mais precisamente em São Paulo, de 1953 a 1972. Fonte: Escritório de Arte.

Crédito da Foto: Escritório de Arte.

Gravuras antigas, mapas antigos e livros esgotados, raros e muito raros

Líbano Calil e Andrea Cruz trabalham com gravuras originais de gravuristas como Frans Post, Jean-Baptiste Debret, Johann Moritz Rugendas, Hans Staden, Giovanni Battista Piranesi e William Hogarth, e com mapas originais feitos por cartógrafos como Vincenzo Coronelli, Hans Holbein e Joan Blaeu. Os livros com os quais trabalham são classificados como esgotados, raros e muito raros.

 

 Olha aí pessoal! Finalmente vamos falar de valores ignorados pelos brazucas. Não pela absoluta minoria que conheceu e admirou Zhang Daqian, que ficou conhecido no Brasil como Mestre Chang. Aqui em Mogi das Cruzes, este mestre viveu e produziu, mas eu vi recentemente, dezenas de trabalhos seus irem para o lixo depois de queimados cruelmente. Eu fui atrás da pessoa que os detinha, muito pobre e ignorante, coitado. Eu não o encontrei e meu dinheirinho gasto nas buscas, infelizmente, não rendeu o fruto desejado. As obras já eram e foram também junto as fotos de uma apadrinhada noiva de Mestre Chang, que se deixou fotografar com ela. Então me restou a experiência de comprovar que temos a dádiva de fazer com que Bens Culturais incomensuráveis acabem no desmanche todos os dias.

Eu canso de expor este lamentável episódio aos meus alunos. Enalteço o Mestre Chang, e ridicularizo a nossa capacidade de ignorar que o que não é para se levar ao estômago, não tem valor. Fome é uma coisa, mas comer os ovos de ouro da galinha que já morreu, é sabido, segundo Grumpolis Miniaticun, que não dá. Choque-os, pô!

Nem adianta argumentar que somos paupérrimos, precisamos de comida e tá dito! Vejo pessoas formadas, aposentadas, dizendo que arte é pura enganação e que nada temos a fazer com essa “porcariada”. Bom, especifiquemos, era um dentista. Então eu retruquei: “Não precisamos de dentista também? Mas as paredes de sua residência são tomadas por obras de arte”.

Outro caso: estive em uma reunião com representantes do Ministério da Cultura. Na minha fala eu indaguei se para comporem o Plano Nacional da Cultura do PT eles ouviram os artistas. A resposta foi imediata e fatídica: “Não! Não vamos pajear nenhum artista”. Tai! Viu? Perguntei, ainda se eles conheciam o Maurício de Souza. Se eles ouviram Brecheret. Se eles sabiam quem era Thomaz Ender. O “Volpi” aqui também não foi ouvido. Perguntei se conheciam um dos maiores pintores que o Brasil já teve, o paulista Gilberto Geraldo, que trabalha e vive em São Petersburgo, Rússia. Esse cara, premiado, é muito importante, é novo e está produzindo para expor no Museu daquela cidade. Como ele não precisa ser ouvido? Ora! Lá ele foi.

Agora vejamos o Mestre Chang: não foi ouvido, foi ignorado, não foi preservado e acabou indo embora para onde se tornou um mito das artes plásticas mundial. É pouco? Só que ainda temos valores incríveis nesta nossa bendita região, a do Alto Tietê que são ignorados. Vemos de tudo menos um Museu para instalá-los e divulgá-los.

Pobre é o mundo em nossas mãos! Dêem para os outros e não lamentem nunca!

Zhang Daqian foi um dos mais representativos pintores chineses do século XX. Na primeira metade da sua vida, percorreu a maior parte do território chinês, tendo, mais tarde, residido noutros países no intuito de estudar as técnicas ocidentais de belas-artes o que, no entanto, não afectou o seu estilo. Nos últimos anos de vida fixou-se em Taiwan, onde morreu em 1983. Usava com mestria as tradicionais técnicas gongbi e xieyi para desenhar paisagens, flores e plantas, figuras humanas e animais, e era perito como calígrafo e escultor de sinetes. Outro célebre pintor chinês, Xu Beihong, considerou-o como “o maior pintor nos últimos quinhentos anos”. Ele viveu no Brasil, mais precisamente em São Paulo, de 1953 a 1972. Fonte: Escritório de Arte.
Crédito da Foto: Escritório de Arte.

Gravuras antigas, mapas antigos e livros esgotados, raros e muito raros


Líbano Calil e Andrea Cruz trabalham com gravuras originais de gravuristas como Frans Post, Jean-Baptiste Debret, Johann Moritz Rugendas, Hans Staden, Giovanni Battista Piranesi e William Hogarth, e com mapas originais feitos por cartógrafos como Vincenzo Coronelli, Hans Holbein e Joan Blaeu. Os livros com os quais trabalham são classificados como esgotados, raros e muito raros.

Líbano Calil e Andrea Cruz
Líbano e Andrea atendem aos domingos na Feira de Antiguidades do Masp, Stand 39
Telefones: 55-11-4651-4376 e 55-11-97522-9258
Site: http://www.tvartponto.com/
E-mail: artponto.org@terra.com.br



Líbano Montesanti Calil Atallah 
escreve para o site 
www.reliquiano.com


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